CAMILA GARCIA SOMMER1,*; ALUÍSIO MARINO ROMA1; LAURO ARNOLDO FERREIRA KOEHLER1; CRISTIANE CAMARGO FERREIRA1; VERENA BENEDICK COIMBRA1; ANTONIO ROBERTO BOZOLA1
Introdução: Lesões no terço distal dos membros inferiores, com exposição de ossos,
articulações, tendões e vasos sanguíneos, não são passíveis do uso de
enxertos de pele. Isto ocorre porque o leito vascular é exíguo e pela pobre
granulação das feridas, podendo apenas ser corrigidas com retalhos
musculares, miocutâneos, fasciocutâneos ou transferência microcirúrgica.
Métodos: O retalho em seu limite inferior é demarcado a partir de 5cm acima dos
maléolos. Superiormente, é marcado num comprimento suficiente para cobertura
total da lesão. Realizada incisão em demarcação prévia, e elevados pele e
tecido subcutâneo juntamente com a fáscia muscular. O nervo sural é
preservado em seu leito original. A elevação do retalho se dá até o ponto
inferior marcado (o pedículo). Neste ponto, o retalho é transposto numa
angulação suficiente para alcançar a lesão.
Resultados: Oito casos foram operados utilizando o retalho descrito. Todos apresentavam
exposição de ossos e tendões em região distal da perna, dorso do pé ou
ambos, nos quais foram utilizados o retalho fasciocutâneo reverso da perna
com a técnica proposta por Carriquiry. Os casos apresentaram resultados
estético e funcional satisfatórios.
Conclusão: O retalho utilizado se presta à correção de lesões do terço inferior da perna
e do pé. É relativamente fácil de ser confeccionado, com bom suprimento
vascular, e não há perda funcional do leito doador.