LUIZ CHARLES-DE-SÁ1,*; NATALE FERREIRA GONTIJO-DEAMORIM2; JUAN PABLO ALBELAEZ3; PAULO ROBERTO LEAL4
Introdução: A última pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Estética (ISAPS)
mostrou que 2.524.115 cirurgias plásticas foram realizadas no Brasil em
2017. O aumento de mama tem sido um dos procedimentos plásticos mais
comumente realizados no Brasil, totalizando mais de 200.000 cirurgias no ano
de 2016. O objetivo é avaliar as práticas e tendências atuais em aumento de
mama no Brasil.
Métodos: Um questionário de 31 itens foi construído e enviado para 6.200 membros
ativos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). A pesquisa
abordou algumas tendências atuais e práticas controversas considerando cinco
áreas: controvérsias atuais, novas tecnologias, implantes mamários,
considerações técnicas em procedimentos secundários e aspectos demográficos.
O questionário foi desenhado para delinear o perfil das práticas,
procedimentos e crenças entre os cirurgiões plásticos sobre o uso dos
implantes mamários no Brasil.
Resultados: Foram coletadas 505 respostas, representando uma taxa de resposta em torno de
10%, bem acima da taxa média de resposta de um questionário da SBCP. Os
resultados foram distribuídos em 5 tabelas de acordo com as áreas de
interesse.
Conclusão: Nesta pesquisa, as práticas mais comuns incluíram o uso de implantes redondos
de microtextura e silicone revestido com poliuretano no procedimento
primário, poket subglandular, incisões inframamárias, dimensionamento
pré-operatório com amostras de implante redondas, antibióticos intravenosos
e orais, irrigação com duplo antibiótico, implante faixa de tamanho
geralmente menos 325cc e sem drenagem. Não há consenso sobre a
lipotransferência mamária e o manejo da contratura capsular e da deformidade
da bolha dupla.